Escolhido como novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga defende vacinação contra a Covid e diz ser contra cloroquina

O presidente Jair Bolsonaro escolheu, nesta terça-feira (15), o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, como seu novo ministro da Saúde. A nomeação de Queiroga deve ser publicada nesta terça-feira (16) no Diário Oficial da União (DOU) e ele será o 4º titular da pasta no governo Bolsonaro, substituindo Eduardo Pazuello.

Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich caíram por não acompanharem Bolsonaro na defesa da cloroquina e do chamado tratamento precoce, que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19. Com a nomeação de Queiroga, resta saber se é o médico que se adaptará ou se o presidente que mudará seu discurso.

Isso porque Queiroga é contra o tratamento precoce com cloroquina defendido por Bolsonaro e a favor das medidas de isolamento social, rechaçadas pelo presidente. O médico também defende a vacinação contra a doença.“Mais vacinados, menos doentes”, disse o médico em entrevista à Folha de S. Paulo neste domingo (14). Sobre a cloroquina, Queiroga foi direto: “A própria Sociedade Brasileira de Cardiologia não recomendou o uso dela nos pacientes. E nem eu sou favorável porque não há consenso na comunidade científica”.

A nomeção de Queiroga foi anunciada pelo próprio Bolsonaro em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. “Foi decidido agora à tarde a indicação do médico, doutor Marcelo Queiroga, para o Ministério da Saúde. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente, já conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias. Tem tudo no meu entender para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje”, disse o presidente.

Antes do presidente da SBC, o nome mais cotado para assumir o lugar de Eduardo Pazuello era o da médica Ludhmila Hajja, que não aceitou o convite e chegou a ser alvo de ameaças de morte por parte de bolsonaristas por se posicionar a favor do isolamento social e criticar a forma como o presidente encampa o combate à pandemia.

Fonte: Revista Forum

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