Eletricitários da Cemig estão de greve
Os eletricitários da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) estão em greve desde segunda (29), em protesto contra a intransigência do governador do Estado, Romeu Zema (Novo), que se recusa a negociar as reivindicações da campanha salarial.
Liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Energética em Minas (Sindieletro-MG), os funcionários da estatal buscam a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A pauta de reivindicações geral é composta por 34 itens. Dentre eles, reajuste salarial de acordo com a inflação medida pelo INPC, de 1º de novembro de 2020 a 31 de outubro de 2021, e a manutenção dos direitos já estabelecidos.
A direção da empresa, porém, se recusa a negociar qualquer item da pauta enviada pelo Sindieletro. A Cemig chegou a enviar contraproposta retirando uma série de direitos e conquistas dos eletricitários.
Em Nota, o Sindicato denuncia que a direção da empresa atua pela privatização. “A estatal está sendo desmontada pra ser privatizada. E é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que aponta várias irregularidades cometidas pelos gestores indicados pelo governador”, informa a entidade.
O Sindieletro denuncia também que, enquanto a política da empresa é de manter a intransigência para a não renovação do ACT e não conceder reajuste salarial, a alta cúpula se beneficia de remuneração milionária, com salários e rendimento variável, além de contrato para fornecimento de refeições aos diretores.
Segundo os cálculos realizados pelo Sindicato da categoria, a refeição diária para cada diretor custa R$ 350,00. O valor total do contrato é de R$ 1,2 milhão ao ano. No documento emitido pelo Sindieletro, a entidade apoia a CPI e defende o afastamento do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho.
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